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Refere-se a mulher que é boa em tudo, faz de tudo e mantem tudo impecável. Tem 2 ou 3 jornadas diárias, é uma excelente profissional, mãe dedicada e atenta, esposa amorosa. Estuda e se mantém atualizada, cuidas dos pets com amor e dedicação, paga contas e mantém a casa em ordem, lava, cozinha e passa roupa. Faz faxina e dá aquele up na casa quando tudo está uma bagunça. Apoia a todos no trabalho e se mantem linda e muitas vezes, ainda de salto alto. Sem contar que mantém as unhas feitas, cabelos sempre bonitos, nem sempre consegue seus 30 minutos para uma caminhada diária!

Mas aí vem a pergunta: A que preço?!! Como tudo isso começou? Como, quando, nos tornamos Mulheres Maravilha na realidade?

Sigmund Freud, o pai da psicanálise, disse uma vez: “somos feitos de carne, mas temos de viver como se fossemos de ferro”. E isso embasa toda esta minha reflexão…

Houve sim uma luta das mulheres por anos…, mas a ideia não era que acumulassem funções e ficassem exaustas, não é mesmo?

O objetivo era tornar os direitos iguais, que as mulheres pudessem tomar suas próprias decisões, serem donas de seus próprios sentimentos, escolherem como e onde sentir prazer.

Enfim, o desejo por trás da luta era de que as mulheres fossem tratadas com igualdade e respeito.

Mas, parece que a situação ainda não chegou nisso. Como você se sente sendo cobrada de tantas funções que não cabem em seu pequeno dia de 24 horas? Como sente que, apesar de pagar as contas da casa, tem também que lavar e passar?

Acredito que tudo isso vem do que aprendemos há muito tempo, além de ter ouvido muito disso em casa, na família de origem, existe também um pensamento coletivo e social quanto a isso. É a tal influência do meio onde se vive, a comunidade.

Assumimos tudo e abalamos nossa estrutura emocional e mental e vamos pouco a pouco nos desgastando ainda mais. Entrando em crises de culpa, ansiedade, depressão.

Participamos de diversas lutas e muitas coisas mudaram, mas ainda não temos direitos iguais, nem somos reconhecidas como tão capazes como os homens, infelizmente.

A supermulher vive no limite de suas capacidades físicas, emocionais e mentais.

Se você é uma destas mulheres, faz tudo que está ao seu alcance e ao final do dia busca aprovação, reconhecimento e espera que vejam tudo que fez. Esqueça. Isso não será possível. Como também não é possível que continue a levar tudo nesta ânsia da perfeição e de ser a mulher maravilha. O resultado será estresse, depressão, exaustão e decepção.

Então, cuide de você. Cuide do que te faz bem agora. Busque se conhecer cada dia mais e definir qual caminho quer seguir. Repense sua vida. Refaça suas contas. Contas do que precisa para viver e contas do quanto tem se desgastado em vão.

É preciso gratidão por todas as suas conquistas, valorizar a si mesma, reconhecer seu esforço e não esperar aprovação, mas buscar em si este autocuidado.

Precisamos de compaixão por nós mesmas, precisamos deixar de lado o perfeccionismo e olharmos para nós como seres humanos que somos, com nossas fragilidades e limites.

O convite aqui é para você fazer um balanço na sua vida. Buscar um equilíbrio. Não esperando mais que o outro diga o que fazer, o que espera e como deveria ser. Mas olhando a si mesma e reconhecendo o que te faz feliz. Qual movimento, ação, tarefa, sentimento, quer mesmo manter em sua vida. E escolha!

Não seja mais uma vez a vítima, liberte-se. Você merece ser o que quer e deseja. Merece o céu!

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